sexta-feira, 13 de maio de 2016

Aerodinâmica e lançador de aviões de papel feito de Lego!

Pense aí como deve ser tarefa de casa de fazer aviões de papel e trazer o melhor de todos para a escola?

Algumas mães não gostaram muito da ideia por conta dos papeis gastos (o combinado era usarmos rascunho!) e dos que ficaram esparramados pela casa, mas foi o que aconteceu! Essa foi a primeira tarefa para casa do ano para os 6ºs anos!

A ideia de usar aviões de papel para trabalhar aerodinâmica veio quando me deparei com uma caixa com 60 modelos de aviões de papel enquanto estava viajando - PAPER Aerplane KIT - 60 Planes to Make & Fly. Foi amor à primeira vista! Na hora tive a ideia de fazer uma aula com a moçadinha do 6º ano!

Contudo, como apenas aviões de papel não resolveria tratar de aerodinâmica de maneira lúdica ao mesmo tempo que estimula o pensamento criativo e curioso, tive que buscar uma atividade que deu certinho com a ideia. Foi aí que encontrei ideias para as atividades seguintes (perdi o endereço do site...).

O primeiro dia de atividades foi feito grupo e as crianças deveriam analisar o formato da chama de uma vela e de uma gota que cai. Para isso, foram escritas duas perguntas no quadro para orientá-las: O que faz a chama ficar com esse formato? O que faz a água assumir esse formato quando cai? As perguntas deveriam ser respondidas em grupos e as crianças tinham 10 min para fazerem isso.

A partir das respostas prontas, conversamos na turma em geral tentando levantar pontos em comum. Apareceu de tudo... Foi muuuuuuito legal! Deixaram a imaginação correr solta. Então, fizemos uma lista de argumentos para chegarmos juntos ao argumento final: na primeira situação ar quente sobe ao redor da chama e a molda; na segunda, a gota cai e, ao fazer isso, tenta furar o ar e adquire o formato em questão. No primeiro caso, o objeto/chama está parado e o ar se movimenta; no segundo caso, o objeto/ água cai e o ar está parado. Em ambos os casos a relação ar/ objeto impulsiona o objeto ao formato em questão. :)

Numa segunda aula, ou aproveitando um finalzinho de aula, fomos para o pátio! A atividade aqui foi analisar, entre os aviões que trouxeram, quais eram as características de cada um em relação à forma do voo, tempo no ar, velocidade e distância. À medida que as crianças iam para um lado e para o outro lançando aviões, pegavam mais folhas de rascunho para testes. Num segundo momento, escolhemos o melhor avião entre pessoas do mesmo grupo (o mesmo da aula anterior), e na sequencia alinhamos todos os grupos e escolhemos os três melhores de todos da turma. Esses três melhores se tornaram referência e, de volta para a sala de aula, listamos as diferenças entre as características que observamos e conversamos sobre o significado de cada uma delas. Por fim, concluímos que há muitas influências ao lançarmos os aviões, que algumas delas podem ser facilmente controladas e outras não...

Foi então que veio a ideia de, entre tudo o que podemos controlar no laçamento do avião de papel, o lançamento poderia ser mecânico! Como assim? Poderíamos fazer uma construção com o nosso material, o Lego, para lançarmos aviões!

Maaaaas, como nada é tão fácil como parece, aí foi outra atividade para casa! Fazer o desenho de um lançador de aviões montado com Lego! Sim! Isso mesmo! Mesmo com a surpresa, sugeri que fizessem desenhos de quaisquer ideias e trouxessem para tentarmos colocar em prática.

O resultado foi lindo! Na semana seguinte, tínhamos várias ideias que giravam em torno de três propostas de lançadores de aviões montados com Lego. Uma usando pneus, uma que catapultava o avião de papel e outra usando um elástico, como se fosse um estilingue!

Como as crianças fazem as atividades com o Lego em grupo, tiverem que decidir entre as opções que haviam trazido de casa, como iriam fazer o lançador de aviões. Decisão tomada, mãos à obra!

De fato, como nossa aula é curta, de 50 min, e levamos quase 10 min nos deslocando, as crianças tiveram três aulas para experimentar a construção e, o que é mais importante, para não perderem o trabalho de uma aula para a outra, tiveram que tirar fotos de suas construções para depois as retomarem... Pense aí na animação de poder levar o celular para aula e tirar fotos do que fizeram... :)

Ponderando tudo o que aconteceu quase dois meses atrás, não sei se foi a melhor das ideias começar o ano assim. De fato, as crianças ficaram empolgadíssimas, mas tivemos muitos pequenos erros porque as crianças não conheciam a caixa do EV3. Talvez para um outro ano, a sugestão seria colocar essas atividades como segundo tema, depois de terem explorado melhor estruturas, que é o que estão vendo agora. Não sei... ficou a dúvida para ser pensada novamente.

Enfim, no geral, a atividade foi um sucesso e as crianças se mostraram bastante curiosas! O que fez com que o objetivo fosse alcançado!

Aí vão as fotos!!





 










sábado, 7 de maio de 2016

Pontes e pontes levadiças

Sempre que começamos um ano, a maior das dificuldades é ponderar se as atividades desenvolvidas no ano anterior tiveram sucesso ao alcançar seu objetivo ou não; e no caso de terem sido bem sucedidas, o que pode ser melhorado.

Foi com esse pensamento que as atividades relacionadas a pontes nos 4ºs e 6ºs anos entraram no planejamento deste ano.

Como nessas séries há mudança de caixa/kits, no 4º ano começam a usar o WeDo e no 6º ano o EV3, uma das justificativas para construção de pontes é que estruturas rígidas em forma de torre são base/ fundação para outras construções, fora isso, a maneira como as crianças fazem os encaixes das peças determinam se as estruturas ficarão flexíveis ou não.

Neste ano demos uma ajustada nas atividades de 4º ano. De início conversamos sobre os cinco tipos de pontes mais comuns e que foram apresentados numa postagem no ano passado. Depois, cada grupo tinham que recortar de revistas, ou trazer de casa, imagens de pontes e classificá-las de acordo com os cinco tipos mais comuns. Após recortarem, deveriam colar num papel, identificando os tipos das pontes, como se fosse um cartaz (que obviamente foi pendurado na sala!).

Somente depois disso foi que começamos a construir as pontes e, como sempre, as crianças foram ótimas! O exercício de recortar e colar deu tão certo que neste ano tivemos vários grupos experimentando tipos diversos de pontes!

As pontes em viga ainda são as mais comuns por serem mais simples...


 Mas também tivemos lindas pontes estaiadas e suspensas!!!!!