terça-feira, 17 de novembro de 2015

Protótipo de mão robótica com papelão

Como último dos temas a tratarmos neste ano com os 8ºs anos foi corpo humano, combinamos de testar a construção de mãos, braços com mãos e movimento de pernas.

Acontece que logo no dia da primeira construção, um dos alunos levantou a mão e lembrou da mão de papelão que o Iberê fez no Manual no mundo. Para quem não sabe do que estou falando, está perdendo um dos canais mais legais que tem no YouTube! Óbvio que quando o menino sugeriu que fizéssemos, botei a maior pilha para fazemos também! :)

Combinamos que eu levaria os moldes de papelão da mão, usaríamos os canudos que têm na escola de outras atividades, mas a moçada deveria levar tesoura ou estilete, cola quente ou super cola e elástico. Levei o combinado, mas como acontece na maioria das vezes, apesar das várias orientações, apenas seis crianças levaram alguma parte do material para fazermos a mão em sala (de duas turmas somando quase 80 crianças!). Resultado? Quem levou o papelão usou meus moldes e, para cutucá-los, passei o vídeo para as turmas assistirem.

Como não dou ponto sem nó aqui, os moldes estão guardados, comprei 9m de elástico, separei cola e fita adesiva para a aula seguinte.

Como estímulo é estímulo, fiz a minha mão também! :) Coloquei ao longo do post algumas das fotos.

Depois posto fotos da aula... se eles tiverem animado e levarem parte do material...

AH! Para quem quiser fazer a mão em outro estilo ou mesmo um upgrade para material eletrônico, aí vão alguns links...

- Mão de canudos e rolo de papelão.
https://www.youtube.com/watch?v=smPFniD8fMY

- Mão usando motorzinhos, bateria de 9 volts.
https://www.youtube.com/watch?v=dV9-bWfXbVs

segunda-feira, 16 de novembro de 2015

Aeroplano de isopor com hélice tensionada por elástico

No inicio do segundo semestre, tratamos da construção de um aeroplano com os pequenos de 3º ano - veja AQUI! Foi tão animador que as crianças de vez em quando lembram. Mas qual não foi minha surpresa quando fui dar aula no 3º E na quinta-feira e um dos pequenos estava com um aeroplano de isopor movido a hélice presa num elástico. Genial!!

O aeroplano voa direitinho e minha surpresa foi tão grande que rapidinho os pequenos pediram para fazer um igual. Pronto! Bagunça encaminhada. Depois de lançarmos várias vezes e nos atentarmos a como as partes do avião estavam presas, a professora aqui ficou de checar material e testar a viabilidade do projeto.

Depois de ir à papelaria e comprar:
- Clipes tamanho "0";
- Elástico (daqueles de amarrar dinheiro);
- Tinta em bisnaga;
- Cola de isopor;
- Placa de isopor de 25 mm;
- Placas de isopor de embalagem de queijos e entubados do mercado...

...peguei a lapiseira, o estilete e a régua e me esparramei na mesa da sala de casa.

Como não tinha molde, fiz o corpo do avião usando a placa de 25mm e no olho mesmo. Um tanto de bom senso acho. Algo como uma gota d'água comprida/ esticada...

Para os estabilizadores horizontais (as asas traseiras laterais), cortei uma tira de 5 cm do isopor de embalagem aproveitando as laterais redondas. Utilizei as pontas redondas para facilitar o avião a "vencer" a resistência do ar. Para prender os estabilizadores, fiz dois cortes horizontais nas laterais, coloquei cola de isopor dentro do corte e encaixei as duas "asas" nos cortes. Esperei um pouquinho e tudo ok.

Para fazer o estabilizador vertical, dividi o restante do isopor da embalagem fazendo duas tiras de 5 cm. A tira que sobrou, mais larga do que 5cm foi dividida ao mesmo e depois usando as diagonais dos retângulos (melhor ver a foto ao lado). Disso aí é possível aproveitar para fazer outros estabilizadores para outro avião.

Para prender o estabilizador vertical, outro corte no isopor, desta vez na parte superior. Como o isopor foi cortado como triângulo, tive que tirar uma pontinha para melhorar o encaixe no corte e na parte superior deixei arredondado para ajudar com a resistência do ar... Se é que ali faria tamanha diferença. O bom é que ficou esteticamente mais agradável.

Para fazer as longas asas, usei as duas tiras de 5 cm que tinha marcado no isopor de embalagem. Como ficaram muito longas, diminui um pouco o tamanho tirando uma da partes arredondadas. Para garantir que ficassem iguais, usei uma como molde da outra.

Para encaixar as essas asas, precisava fazer um corte inclinado para ajudar o avião a, ao voar, "cortar" o ar subindo. Nem pensei muito e fiz o corte de modo que as asas apontassem para baixo, passei cola e pronto. Me preocupei um tanto mais em deixar as duas asas alinhadas, com mesmo ângulo de inclinação. Carcaça do avião pronta!

Depois de um tempo fui testar! AI AI!!! O avião vai bonitinho..... para baixo!!! Fiz o encaixe das longas asas errado! Os supostos flaps ficaram para baixo! Não sei de onde tirei isso, mas foi um super vacilo! Ficou bem equilibrado, faz um voo bacana em looping, mas para baixo! Foi então que decidi deixar desse jeito e fazer outro arrumado. Levarei para a moçada os dois e iremos "analisar" porque os voos são diferentes.

O que ficou faltando? Um palito de churrasco ou canudo ou arame para fazer um furo comprido que atravesse o avião longitudinalmente para colocarmos o elástico dentro. Esse elástico ficará preso na parte traseira por um clips e na parte frontal por outro clips que ficará preso às hélices. As hélices faremos de garrafa pet e iremos prender com o fundo da garrafa para conseguir girar. Para colar o elástico nas hélices, usaremos cola de isopor. Se não funcionar, cola quente - a testar!

Se alguém se animar para fazer, tive duas dificuldades até então. Primeira é que farelo de isopor quando cortado com o estilete, cria estática e o isopor cola em tudo... Na mão, no estilete, no isopor... Aff! Tentei resolver com um pano molhado, mas acho que não ajudou muito. Enfim, a lixeira teve que ficar do lado o tempo todo. A segunda foi acertar as laterais para o isopor não ficar esfarelando. Isso não teve jeito. Em algumas situações usei cola de isopor para grudar o isopor de volta, mas não ficou arrumadinho não.

Acho que com isso dá pra começar a fazer os aviões com os pequenos na quinta-feira. Parte do material temos, faltam: placas de isopor de embalagem, garrafa pet, canudo ou palito de churrasco.

Em breve notícias!

terça-feira, 13 de outubro de 2015

Motorização de instrumentos medievais

Todos os anos temos no primeiro semestre uma Feira Medieval. É uma feira na qual as crianças se organizam ao longo de quase um mês para tentar caracterizar o máximo possível o espaço da escola, encontrar roupas adequadas, ensaiar danças e músicas, trocar informações sobre o períodos, enfim, entender o funcionamento da idade média... É um trabalho que sempre fica lindo!!

Como a disciplina de Educação Tecnológica não tem ligação imediata com a idade média, tendo em vista que temos vários motores e sensores em uso, optamos por estudar os instrumentos que eram utilizados na idade média, separados por categoria (agricultura, comércio, armas de guerra ou tortura), selecionar os que fossem possíveis de motorização e na sequencia os que fossem possível replicarmos com o nosso material.

Acho que uma das coisas legais da sala de aula é quando a aula flui e todos participam. Neste ano só dou aula para uma das seis turmas de 7º ano e fico imaginando se tivesse mais turmas, porque a aula foi divertidíssima! Ri um monte e as crianças participaram com tantas ideias que achei que não fossem caber no quadro!

O que apareceu, com falha na memória, foi o seguinte:

Agricultura
Arado
Charrua
Moinho de água ou de vento
Roda d'água 

Comércio
Tear
Roda de fiar
Carroça 

Máquinas de guerra ou de tortura
Catapulta (aqui falei que há vários tipos e expliquei a diferença)
Balista/ Besta
Dama de ferro
Guilhotina
Forca
Roda do desespero
Cama de tortura
Amassador de joelho

Desses, vários seriam passíveis de motorização na atualidade. Destes, alguns não seriam interessante de motorizar com nosso material pela dificuldade ou pela inadequação. Então, cada grupo escolheu três instrumentos para motorizar.

AH! Não deixe de reparar na quantidade de instrumentos de tortura que surgiram! Esses foram os que lembrei, mas vários outros foram citados e descritos... Acho que a justificativa para tal é que quando buscamos no Google "instrumentos medievais", os resultados que aparecem são basicamente de dois tipos: musicais e de tortura. Daí não tem muito o que fazer, tendo em vista que não iríamos tratar de instrumentos musicais.

Enfim, o que dos instrumentos os grupos decidiram fazer?? Catapulta, charrua, roda d'água (foto mais acima), forca (foto logo abaixo) e guilhotina (foto mais abaixo).



Essa guilhotina ficou muitíssimo bem feita porque a "lâmina" corria entre peças de modo que não ficasse balançando quando estivesse subindo ou descendo!

Chegaram a tentar montar uma dama de ferro e o arado, mas o primeiro ficou bem complicado por causa dos pregos e por ser uma caixa, e o segundo porque acabava se transformando numa charrua.

Ai vai um vídeo de montagens em funcionamento...


Produção de um paninho!

Depois de muito maquinar, vimos que várias das atividades das crianças não geram produtos. Como assim? Deixe-me explicar melhor...

Sempre que fazemos uma construção com o material Lego, as crianças não veem o que aquela construção poderia produzir de verdade. Por exemplo, quando construímos eletrodomésticos as frutas não são espremidas e os fogões não funcionam; quando construímos escavadeiras, o solo não é revolvido; quando construímos uma semeadeira, não semeamos, temos ideia de como funciona... E por aí vai! Tudo bem que a ideia é fazermos protótipos e rascunhos do que acontece, mas não seria legal podermos ter um produto de verdade?

Foi então que depois de algumas ideias, decidimos fazer a construção de um tear com as turmas de 4º ano, de modo que ao final houvesse a produção de um pedacinho de pano.

O pano seria feito a partir do alinhavo de barbante, lã, linha de trico etc. com duas cores diferentes.

Isso significou conversarmos sobre o funcionamento do tear, algo que viram com as professoras regentes, assistirmos vídeos de teares em funcionamento e vermos imagens de partes do tear. Tudo isso para entendermos um pouco o funcionamento de um tear, experimentar um modelo inicial de tear, para depois colocaremos a mão na massa e fazermos nosso paninho.

Acho que nessas horas vale a pena todo o esforço em pensar atividades diferentes... Ver a moçadinha entender a ideia do tear, pensar na trama entre as linhas hora por cima hora por baixo, ver um paninho nascer da linha foi muito bacana!


Como este foi o primeiro teste, o momento final foi um tanto frustrante. Tirar a linha do "tear" e conseguir manter tudo junto enquanto as pontas das linhas eram amarradas para não soltarem algo muitíssimo complicado. Numa turma, apenas um grupo conseguiu deixar tudo junto, na outra, tentei orientá-los para que tivessem mais linha para fazerem a amarração final. Isso sim foi trabalhoso.

Enfim, de fato, ao pensarmos no funcionamento do tear não tem nada de muito simples e exatamente por isso, valeu a pena também reforçar a importância de reconhecermos que esse tipo de trabalho artesanal deve ser valorizado. E muito.

terça-feira, 29 de setembro de 2015

Aprendendo a usar sensores e condicionais - parte 1

As atividades relacionadas à programação de sensores se mostrou um desafio a ser trabalhado com as crianças de 4º e 5º anos, em especial porque duas questões apareceram logo de cara:
1. As crianças têm capacidade de compreender o conceito de uma condicional de programação ou é uma relação ainda não passível de aquisição cognitiva?
2. No caso de serem capazes de compreender o conceito, qual é a maneira mais simples de mostrar a elas o funcionamento de uma condicional, ou melhor, mostrar o funcionamento da estrutura lógica do "se... então..."?
3. Como apresentar, dentro da proposta de programação, a importância dos sinais de <, > e = numa sentença não necessariamente numérica?

Para a primeira pergunta, foi fácil lembrar de Piaget e os estágios de desenvolvimento cognitivo da criança. No pensamento operatório-concreto de 7 a 11 anos, a criança é capaz aprender o uso de operações lógicas relacionadas não apenas ao real, mas também ao abstrato, além de reversibilidade e classificação. Ademais, já li algumas informações considerando que os estágios piagetianos estão tendo suas faixas etárias reconsideradas para um espectro mais amplo - algo a ponderar, mas impossível descartar.

Para a segunda pergunta, depois de muito maquinar, criamos uma brincadeira fazendo a associação do "se... então..." a movimentos corporais. Neste caso, o importante era que as crianças conseguissem identificar a condição "se... então..." em diversas relações e comportamentos, para depois conseguirem explicitá-las por meio do uso dos comandos nas abas Controle, Sensores e Operadores no programa Scratch.


Como fizemos a brincadeira?
Primeiro levamos as crianças para o pátio e as separamos nos quadrados marcados no chão pelo piso. Por exemplo, em 16 quadrados caberiam 16 crianças, uma em cada quadrado (elas até ficaram rindo disse e cantando a música do "quadrado"). A primeira regra era que as crianças não poderiam ficar sempre em quadrados próximos, tornando possível maior quantidade de variação de comandos. A segunda regra, era não poder ficar mais de uma criança em um quadrado.

De cara, não conseguimos aplicar a primeira regra porque o espaço teria que ser enorme e seria muito difícil falar alto o suficiente para que todos escutassem as orientações! Já segunda regra, como acontecia rapidamente, transformou-se em "não podem ficar três ou mais crianças em cada quadrado" - e neste caso, as três ou mais estavam eliminadas da brincadeira.

Com as regras estabelecidas, uma pessoa (no caso, o/a professor/a) descreveria situações que se fossem verdade deveriam ser seguidas, caso contrário, não deveria ser feito nada. Alguns exemplos de situações que utilizamos:
- Se tiver uma pessoa no quadrado à sua frente, então troque de lugar com ela.
- Se tiver uma pessoa dois quadrados à sua esquerda, então ponha as duas mãos na cintura e dê uma reboladinha.
- Se tiver uma pessoa dois quadrados ou mais à sua direita, então vá um quadrado para a esquerda.
- Se não tiver ninguém no quadrado atrás de você, então vá um quadrado para trás pulando em um pé só.
- Se tiver alguém até quatro quadrados na sua frente, então ande dois quadrados para frente na ponta dos pés.
- Se tiver alguém até cinco quadrados do seu lado direito, então vá dois quadrados para trás.
- Se tiver uma pessoa no quadrado atrás de você, vá um quadrado para frente enquanto faz polichinelos.
- Se tiver uma pessoa dois quadrados na sua frente, então você vai andar um quadrado para trás.
- Se tiver uma pessoa até dois quadrados na sua frente, então você vai andar um quadrado para frente coçando a cabeça.
- E por aí vai...

Para que a atividade envolvesse todas as crianças, a criança que ficasse no final ganharia mas todas que fossem saindo poderiam ajudar a criar e falar novos comandos.

De fato, a participação da maioria aconteceu, tanto em relação à ação relativa ao comando (à execução) quanto ao comando propriamente dito (à lógica do comando “se... então...”). Contudo, a atividade se mostrou muito longa e eliminar todos os colegas para sobrar apenas um ficou bastante enfadonho. Assim, para quem quiser fazer e para as próximas vezes que fizermos, excluiria a possibilidade de retirada de crianças do jogo e manteria todos fazendo várias gracinhas, talvez até com música.

De qualquer maneira, isso respondeu nossa segunda pergunta, mas faltava ainda a terceira pergunta. 

Para respondê-la, como as crianças já têm o conceito de >, < e = adquirido nas aulas e a atividade sobre condicional foi positiva, bastou orientações relativas ao uso dos sinais na programação adicionada a uma construção simples com motor e sensor para tudo funcionar. Tudo regado a muita paciência para explicar cada um dos comandos a serem utilizados traçando um paralelo com a atividade feita no pátio.

É importante ressaltar que na caixa do WeDo há dois sensores (um de distância e um de inclinação), mas os exercícios aqui descritos visaram apenas a utilização do sensor de distância. Isso porque, na verdade, o sensor de inclinação tem como pano de fundo o funcionamento gravitacional, para o que precisaremos de outras atividades diferenciadas para desenvolver os conceitos a ele associados.

Fora isso, também conversamos sobre como o sensor de distância funciona: o sensor aciona um sensor infravermelho. Uma das partes emite a luz enquanto a outra detecta o reflexo da luz emitida. A luz é pulsada e 7 khz. Buscando em alguns sites, parece que é possível ver a luz piscando quando uma câmera de telefone é utilizada - algo a ser testado!

Só para ter uma ideia do quando as crianças se envolveram, mesmo tratando de linhas de programação desconhecidas até então, pelo menos dois grupos de crianças conseguiram ir além do que tratamos na aula. Lindo!!! <3

segunda-feira, 21 de setembro de 2015

Programação no Scratch

Scratch é um programa desenvolvido pelo MIT cujo foco é a introdução à programação de maneira simples e divertida - uma atividade lúdica que envolve o raciocínio lógico por meio de linhas de programação. Já postei algo sobre ele um tempo atrás e, para mais informações, vale acessar o site https://scratch.mit.edu/

De fato, o programa se mostrou uma ferramenta muito útil para estimular a atividade coletiva, despertar o interesse pelo raciocínio lógico nas turmas de 4º e 5º anos, além de promover a descoberta de novas possibilidades de atividades.

Fora isso, fiquei encantada em descobrir que as crianças têm total capacidade de entender o funcionamento do programa e utilizá-lo de modo a fazer as construções funcionarem. Surpresa da boa! Inclusive, algumas das crianças ficaram tão animadas e se envolveram tanto que logo nas primeiras aulas arrumei pelo menos dois monitores de programação em cada turma.

Tentado contar um pouco como foi o início do namoro, utilizamos duas aulas para que as crianças pudessem mergulhar no programa.

Na primeira, a atividade foi orientada mediante comandos que colocamos no quadro. Esses comandos foram retirados do manual rápido do Scratch e tivemos como foco a programação do objeto que tem na tela - por padrão um gatinho que pode ser alterado para várias outras imagens. Os comandos utilizados foram: Faça um movimento, Adicione um som, Repete, Emita um som, Bandeira verde, Mude a cor, Pressione uma tecla, Explore.

 




Com isso, foi uma aula inteira só de experimentos com imagem, som, cor, cenário etc., que não foram limitados à aula e nem podamos - o exercício era experimentar mesmo. Não! Mentira... Não foi bem assim! Quando um dos grupos descobriu que era possível gravar e armazenar a própria voz, em 10 min todos estavam testando e, obviamente, rindo, gritando e batendo palmas na sala! kkkkk Juro que se não tivesse aula na sala ao lado ficariam assim outros 10 minutos... Mas não dava...

Na segunda aula, os testes foram com motor, e a primeira informação era que o motor tinha que estar preso no HUB e este no computador para que o programa fizesse a leitura do motor e assim pudéssemos acessar os comandos apropriados.

Teste pra lá e pra cá, olhos brilhando ao ver o motor em funcionamento!!! :) Animação geral!!! Monitores escalados sempre de uma aula para a outra, desafios diferentes nas aulas seguintes... Umas duas aulas depois já apareceram programações como a que está ao lado! Duas programações que podem ser escritas e funcionarem alternadamente.

Lindo, né???

segunda-feira, 14 de setembro de 2015

Meu primeiro carrinho! - parte 2

Material todo cortado, aí fomos nós montar os carrinhos de rolimã!!! Para isso levamos duas aulas, fora a aula que utilizamos para andar com os carrinhos.

PRIMEIRA AULA , todos com luvas de plástico para não sujarem as mãos com as graxas dos rolamentos, fomos fazer a primeira tarefa: encaixar os rolamentos nos eixos. Como nem todo os rolamentos encaixara, alguns ficaram folgados outros muito folgados, enrolei Silvertape nas pontas e martelei os rolamentos. :)

Segunda tarefa: lixar as madeiras para ao segurarmos o carrinho não termos farpas no dedos. Ri até. Lixa dividida em vários pequenos pedaços, expliquei como deveriam passar a mão com delicadeza para sentirem a textura e lá foram eles!

Terceira tarefa: madeiras lixadas, rolamentos encaixados, faltava encaixar os eixos no assento. Então a pergunta: como prender os eixos no assento? Faremos quantos furos? Um furo/ parafuso deixa o eixo solto. Dois furos/ parafusos alinhados deixa o eixo preso. Onde serão os furos nos eixos? O eixo da frente um furo, eixo de trás dois furos.

Com isso, fechamos uma aula e ficou para a prof. fazer os furos para na aula seguinte os grupos prenderem e enfeitarem os carrinhos.

SEGUNDA AULA, carrinhos meio montados! Primeira tarefa: parafusar os eixos nos assentos. Chave de boca, parafusos, arruelas e porcas... E aí foram os pequenos. À medida que iam fazendo, aproveitei para usar cola de madeira nos eixos traseiros. Assim, fora o parafuso, também os colei.

Segunda tarefa, enfeitar os carros para andarem! EVA, cola colorida, canetinha e... Nomes registrados!

Detalhe importante é que desde o início combinei com os pequenos que o material seria compartilhado, depois de pronto, como todas as outras turmas. Ao que não houve grande resistência. No entanto, o combinado era que em contrapartida a professora da turma ganharia um carrinho grande para ela andar e iríamos um dia ao parque para todos andarmos nos carrinhos - acompanhados pelos responsáveis!

De fato, ainda não fizemos o combinado. A turma não lembrou... Ainda... :)

TERCEIRA AULA, carrinhos prontos, todos enfeitados, fomos para o espaço lúdico, cujo piso é beeeem liso andar de carrinho com a outra turma do matutino. Para maior integração entre as turmas, combinamos que cada criança do 3D (montou o carrinho) ficaria responsável por uma criança do 3E. Fora isso, cada um teria que explicar para o colega como o carrinho foi montado e e esse colega seria a dupla para andarem.

Nem em sonho conseguiria descrever como essas crianças se divertiram! As duplas deram super certo e apenas uma menina s machucou - teve um dedo pisado ou passado por cima (nem ela soube dizer!). Eu? Ria tanto e me diverti tanto que demorei quase uma hora para relaxar! A prof do 3D, aquela que vai ganhar um carrinho (ainda não sei quando), quase morreu do coração de medo. Subiu com as crianças assim que todos tinham andado uma vez. A outra turma, como estava comigo, andou mais um monte! Subimos só porque a aula já tinha acabado - foi no último horário, acho que é inviável fazer isso nos primeiros horários...rs....

Enfim, foi lindo! Uma excelente experiência!!!

E as fotos??? kkkkk Esqueci totalmente!!

Simetria em recortes





Que lindo ficaram os recortes de simetria dos 6ºs anos nas janelas da sala!!!







Na postagem anterior sobre simetria tem as dicas de como fazer os recortes no papel, que tem que ser quadrado!




quinta-feira, 3 de setembro de 2015

Animais... Gatos, elefantes e borboletas!

De um tempo para cá, temos tentado focar em outros tipos de atividades que tratem da coordenação motora com os pequenos de 1º a 3º ano. Isso porque a construção da pipas mostrou que falta um tanto disso neles...

Foi assim que, pensando no tema animais no 1º ano, tivemos duas atividades envolvendo coordenação motora fina por meio do recortar, colorir e dobrar - apesar de ainda sentir falta algo para fazer  utilizando alinhavo.

Primeiro, as turmas fariam a dobradura da cabeça de um gato em uma aula e na aula seguinte a construção do gato em cuja cabeça colariam a dobradura. Acontece que aproveitando a aula de dobradura, nas turmas em que foi possível, as crianças também fizeram a dobradura da cabeça de um elefante... Super fofos, concentraram-se um monte para conseguir fazer as dobraduras! Fiquei impressionada com o esforço, a concentração e a habilidade de várias crianças!

Tirei uma foto do mural (mais abaixo) com as cabeças de gatos e elefantes dos que não quiseram levar para casa... O que foi menos da metade, o restante levou para casa...rs...

Depois dessas dobraduras ainda fizemos outra atividade envolvendo animais e coordenação motora: colorir uma borboleta, recortá-la e usá-la em outra construção.

Os pequenos demoraram literalmente uma aula para colorir as borboletas... Fico imaginando o esforço! E ficaram lindas!

Borboletas coloridas e recortadas, era hora de construir a borboleta com o Lego, colar a recortada sobre a construída e tentar bater suas asas... Foi engraçado! A borboleta de Lego não tem uma superfície estável o suficiente para segurar a borboleta de papel, então várias das de papel saíram voando...rs... Mas valeu!

Como tudo aqui a gente aproveita para enfeitar a sala, veja aí como ficaram as paredes! :)



Pena que não tirei uma foto da porta... Tem várias borboletas em volta!

quarta-feira, 26 de agosto de 2015

Trabalho braçal - o que fazer para evitar LER?

Buscando ideias para experimentar construções com os 8ºs anos lembrei de uns vídeos de pedreiros utilizando máquinas para chapiscar. Coisa que, mesmo sempre vendo pedreiros trabalhando por morar numa região em que há vários prédios em construção, nunca tinha visto...




Só que como uma tarefa envolvendo o trabalho do pedreiro sem eles conhecerem pareceu algo não muito interessante, tratamos de trabalhadores braçais em geral. Em especial, aqueles que pudessem ter Lesão por Esforço Repetitivo (LER).

Foi então que, após tarefa de casa, na qual tinham que buscar profissões que envolvessem trabalho braçal e informações sobre essas profissões, fizemos um levantamento em cada turma para listarmos as profissões que encontraram. Dessas profissões, escolhemos algumas para que pudéssemos pensar em soluções mecânicas para diminuir o trabalho braçal e, assim, evitar a LER. Entraram na lista: pedreiro, pintor, marceneiro, carregador, jardineiro e agricultores que trabalham com colheita de frutas.

Em cada turma, escolhemos quatro profissões e em pequenos grupos fizeram tempestade mental buscando as soluções. Nesta hora, deveríamos ter escolhido apenas uma profissão para fazer a atividade. Penso que teríamos tido mecanismos mais criativos.

Enfim, resultados curiosíssimos...

Um gancho com serra para extrair madeira.


Carrinho carregador 


Outro carregador. Aqui faltou colocar as rodas.


Se não me falhe a memória, essa construção era um robô pintor. O funcionamento ficou bem bacana pois parte da estrutura subia e descia como se estivesse pintando uma parede.

Outro robô carregador! 

 

Não me lembro o que foi essa construção, mas estavam colocando as rodas e fiquei impressionada com o quanto ficou simétrica. Adorei ver esse cuidado...


Robô madeireiro...

Acho que precisamos pensar em mais soluções sustentáveis... :/

terça-feira, 25 de agosto de 2015

Pontes... De novo?! - Parte 2

Tudo bem, não são bem pontes... São torres! A aula dos 7ºs anos com as pontes rendeu torres...rs...

Nesta semana, na sequencia das estruturas rígidas, tratamos de torres. E o desafio era construir a torre mais alta possível!

Olha aí o que apareceu!

Esses grupos que construíram tendo como referência os triângulos, usaram-os porque é a única figura (polígono) rígida. As outras construções ficaram de pé porque utilizaram como base as vigas em "L" ou conversores que têm ângulos de 90º.

Estruturas rígidas - pontes e torres

Não é por nada não, mas depois da aula sobre simetria as construções ganharam um outro viés.

Os 8ºs anos estão tratando de estruturas rígidas e estamos utilizando pontes e torres como exemplos.

Veja aí o que apareceu...

PONTES






  TORRES